2022 poderá ser o ano das mulheres?

por Adriana Vasconcelos

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As mulheres têm tudo para transformar 2022 em o ano delas. Essa é a aposta do presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, que ontem (23) se submeteu, por 2 horas, a perguntas sobre os principais temas da pauta nacional.

Durante o debate online batizado como ‘Roda de Mulheres do Cidadania’, Freire concordou que está faltando uma mulher _ ele, próprio, citou o nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) _ no debate das forças políticas de centro que buscam uma 3ª via para à Presidência da República.

Freire ainda surpreendeu as 5 entrevistadoras e 3 mediadoras que compuseram a Roda de Mulheres do Cidadania ao revelar que a senadora Leila Barros, recém filiada ao partido, é uma das apostas da legenda para a disputa do governo do Distrito Federal em 2022. Além disso, concordou em levar para dentro do Cidadania o debate sobre a paridade de gênero.

Por fim, Freire ainda convidou a ativista trans Mari Valentim, uma das entrevistadoras convidadas para a Roda de Mulheres, a integrar a direção do partido, ao ouvir um relato sobre os desafios diários enfrentados pelas mulheres trans.

Recorde negativo

“O Brasil é o país que mais mata trans no mundo. Nós sempre existimos, mas antes estávamos inviabilizadas. Há 20 anos atrás, quem imaginaria uma trans estar aqui debatendo com o presidente de um partido?”, ressaltou Mari Valentim.

Ela acrescentou, logo em seguida: “Sou trans e empresária. Temos pesquisas que mostram que quando as empresas levam para dentro de seus quadros a diversidade, seus lucros aumentam. Isso não é achismo meu, mas foi confirmado por pesquisas. Se a gente leva lucro para empresas, imagine o que faremos quando ocuparmos postos de poder?”

Não faltou nenhum tema da pauta nacional ao longo do debate, que começou abordando os efeitos das descobertas da CPI da Covid nas eleições do próximo ano, que tanto parecem estar atordoando o Planalto, e ainda a possibilidade de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Temas esses abordados por Giselle Gobbi e Daniela Silveira, ambas lideranças femininas formadas pelo RenovaBR.

A ex-vereadora e ex-deputada estadual Elza Correia, do Paraná, cobrou de Freire o compromisso de destinação de 30% dos recursos do Fundão Eleitoral às candidaturas femininas nas eleições do próximo ano. Em 2018, a Câmara dos Deputados elegeu sua maior bancada feminina da história, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que um terço do Fundão financiasse obrigatoriamente candidatas mulheres.

Partiu de jovem liderança do interior do Maranhão, Samara Benício, questionamentos sobre os riscos de uma ruptura democrática e as chances de um eventual processo impeachment contra Bolsonaro prosperar.

As 3 coordenadoras da Secretaria Nacional das Mulheres do Cidadania e idealizadoras desse novo canal de debates, Tereza Vitale, Raquel Dias e Juliet Matos, me deram a oportunidade de apresentar esse 1º Roda de Mulheres do Cidadania, produzido pela AV Comunicação Estratégica.