As mulheres na mira do Talibã

por Adriana Vasconcelos

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Que Deus, Alá e os governantes do planeta olhem pelas mulheres afegãs que estão na mira do Talibã!

As cenas de desespero que assistimos pela TV de civis, sobretudo mulheres e crianças, tentando sair do país, fugindo do Talibã, são aterrorizantes.

O que dizer então das mulheres afegãs? Jogadas à própria sorte. Mulheres solteiras e meninas separadas de seus familiares para que se casem com combatentes. As que sobrevivem ao regime, se submetem à uma visão estrita do Islã, pela qual elas não devem estudar ou trabalhar, além de serem obrigadas as usar burcas.

Vítima do horror imposto pelo Talibã a mulheres em seu próprio país, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, fez um apelo pelas redes sociais para que a ajuda internacional entre em ação para proteger civis e refugiados afegãos, em especial as mulheres e minorias.

Em 2012, Malala foi baleada na cabeça por militantes do Talibã, quando saiu de casa pela última vez, para ir à escola. E nunca mais voltou. Mas tornou-se símbolo de uma luta pelo direito à educação, sobretudo de outras mulheres que como ela vêem na educação a maior arma para transformação do mundo.

Um tuíte de Aisha Khurram, ex-embaixadora da Juventude da ONU, sobre a situação na Universidade de Cabul na manhã do último domingo (15/8) resume o início de uma nova tragédia: "Alguns professores se despediram de suas alunas quando todos foram evacuados da Universidade de Cabul nesta manhã ... e talvez não tenhamos nossa formatura assim como milhares de alunos em todo o país.…", escreveu.

E o mundo assistirá a tudo isso sem fazer nada?