Adversários, mas solidários a Rússia

por Adriana Vasconcelos

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Os opostos, mais cedo ou mais tarde, acabam se encontrando. É o que se percebe com a primeira reação da bancada petista do Senado à invasão russa no território da Ucrânia.

Em nota, assinada pelo líder Paulo Rocha (PT-PA), a bancada petista atribuiu o início da Guerra na Ucrânia “à política externa de longo prazo dos EUA”, que teria sido de “agressão à Rússia e de contínua expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte”.

Ou seja, a primeira reação de uma parte do PT, já que a nota da bancada do Senado foi apagada logo depois da sua divulgação, foi de alinhamento imediato com a Rússia do autocrata Wladimir Putin e não de condenar a agressão russa contra os ucranianos, que já contam seus primeiros mortos.

A exemplo, aliás, do que fez Bolsonaro na semana passada, durante sua visita de Estado à Rússia, quando se solidarizou com Putin, enquanto forças diplomáticas ainda acreditavam que seria possível evitar a iminente invasão dos russos ao território da Ucrânia.

As notícias dos primeiros bombardeios russos dominaram o noticiário do mundo. As bolsas sacudiram.Milhares de pessoas saíram às ruas, dentro e fora da Rússia, para protestar contra a Guerra. Sendo que na Rússia, 1.600 já foram presos por divergir de Puttin.

Nada disso foi suficiente para que Bolsonaro condenasse a invasão da Ucrânia ordenada por Putin. Em sua live semanal desautorizou seu vice Mourão que criticou a ação russa.

A China, assim como o governo brasileiro, evitou condenar os ataques russos à Ucrânia.

Enquanto as atenções do planeta estavam voltadas para a Guerra na Ucrânia, as Forças Aéreas de Taiwan identificaram a entrada de 9 aeronaves chinesas na zona de defesa do país.

Do outro lado do mundo, os governos da Venezuela, Nicarágua e Cuba, os 3 defendidos e elogiados pelo PT, declararam apoio à ação da Rússia.

Voltando para o Brasil, chegamos à conclusão de que a guerra entre extremos, se prevalecer nas eleições deste ano, nos manterá no mesmo buraco que estamos.